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Intro: D7 C G D7 G
G D7
Eu ouvi pelo rádio, o anúncio de um baile, na Estrada do Povo
Am D7 G
E encilhei de novo meu pingo franjudo, que eu tinha soltado
Em D7
Me esqueci o compromisso, firmei a espora, num trote chasqueiro
C G D7 G
Que um pingo estradeiro, conhece o caminho, e onde mora o pecado
G D7
Eu atei o meu mouro, na porta da sala, bem junto a ramada
Am D7 G
Inda de cola atada, de cincha bem frouxa e os pelego virado
Em D7
Já ouvi de longe o Maneco na gaita, um violão e um pandeiro
C G D7 G G7
E pra entrar no entreveiro, eu disse ao porteiro que vinha apressado
C
Foi então que o Maneco abriu bem a gaita, e eu abanei o pala
D7 G
E ele anunciou pra sala que o cantor do baile, chegou atrasado
D7
Eu me fui lá pro palco, ajeitando a melena e o chapéu com poeira
C G D7 G
E na mesma vaneira, eu abri bem o peito, nuns verso rimado
G D7
Fui cantando o Gildo, o Walther Morais, o Marenco e os Monarca
Am D7 G
E floreando outras marcas, que a gaita pedia, um pandeiro surrado
Em D7
Ajeitei minha estampa de índio campeiro, de pala no braço
C G D7 G
E estendi um vistaço, cuidando a morena na mesa do lado
G D7
Não é fácil paisano, seis horas de baile, na fanta com canha
Am D7 G
Pra um peão de campanha, que lida com potro e banho de gado
Em D7
Pra ajudar no salário, nos fim de semana se paga de artista
C G D7 G
E a segunda tá vista, é ressaca, e os cavalo de lombo inchado
C
Mal deu fim no fandango, amuntei no meu mouro, ali na ramada
D7 G
Dei de rédea na estrada, e o dia clareando, com um sol desbotado
D7
Esse pingo que eu falo, conhece na volta uns atalho bem lindo
C G D7 G
E eu fui quase dormindo, lembrando a morena, do baile passado
- Não é fácil, na volta os olhos vem pequenininho
E o coração deste tamanho
Written by Gujo Teixeira / Luciano Maia