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Bm Hoje eu acordei com o vento explodindo na minha janela F#m E tentei sair do quarto num silêncio de capela A Só queria ter um tempo pra pensar sem compromisso E Nessa sua isenção que é o abrigo dos omissos Bm Lá fora os homens seguem se matando F#m Uns por dinheiro outros por um pedaço de pão A Afinidades entre a cruz que mata em nome de Deus E E a espada que estraçalha o amor na mão dos irmãos Bm Não me assusta mas me esclarece F#m Despreza a ciência faz uma prece A Esconde a mão manchada do sangue do corpo dos inocentes E Cês são Joaquim Silvério dos Reis Nós somos Tiradentes Bm Ouvi um grito vindo lá do beco escuro F#m De uma criança sem pai perdida e sem futuro A Seus olhos lacrimejavam o desespero de alguém E Que sabe que será abatido, invisível e nada além Bm Quantas histórias assim ficaram no caminho F#m Num cemitério de ideias me vi sozinho A Se sou canção sem refrão que fica na cabeça E Não interessa eu sigo firme e forte, tenho pressa Bm Amanheceu o novo dia e tudo é sempre igual F#m Um loop eterno de notícias tristes no jornal A Mentiras e verdades que confundem o cidadão de bem E Eu sei quem é quem, eu sei quem é quem Bm O indiferente não se importa, ele só quer poder F#m Fará o possível e impossível pra permanecer A Como um inseto pestilento em reprodução E Fatia o bolo entre a família sem preocupação Bm E pra encerrar, a minha carta não é um lamento F#m É um aviso ao futuro de um novo tempo A A corte cairá, não sobrará ninguém E O tempo ruim vai passar do pai do filho Ao Espírito Santo amém
Written by Luis Guilherme Brunette Fontenelle de Araujo
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