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Intro: E A E B7 A G#
B7 C#m F# B7 E A E B7 E
E Ab
Pai, afasta de mim esse cálice
A
Pai, afasta de mim esse cálice
A#º E/B
Pai, afasta de mim esse cálice
B7 E
De vinho tinto de sangue
C#m C#m7+
Como beber dessa bebida amarga
C#m7 C#m6
Tragar a dor, engolir a labuta
C#m5+ C#m6
Mesmo calada a boca, resta o peito
B7(13) E9
Silêncio na cidade não se escuta
C#m C#m7+
De que me vale ser filho da santa
C#m7 C#m6
Melhor seria ser filho da outra
C#m5+ C#m6
Outra realidade menos morta
B7(13) E
Tanta mentira, tanta força bruta
E9 G#
Pai, afasta de mim esse cálice
A
Pai, afasta de mim esse cálice
C B7/13
Pai, afasta de mim esse cálice
B7 E
De vinho tinto de sangue
C#m9 C#m9/C
Como é difícil acordar calado
C#m9/B A#m7(b5)
Se na calada da noite eu me dano
A7M A#7m(b5)
Quero lançar um grito desumano
B7 E
Que é uma maneira de ser escutado
C#m9 C#m9/C
Esse silêncio todo me atordoa
C#m9/B A#m7(b5)
Atordoado eu permaneço atento
A7M A#m7(b5)
Na arquibancada pra a qualquer momento
B7
Ver emergir o monstro da lagoa
E9 G#
Pai, afasta de mim esse cálice
A
Pai, afasta de mim esse cálice
C B7/13
Pai, afasta de mim esse cálice
B7 E
De vinho tinto de sangue
C#m C#m7+
De muito gorda a porca já não anda
C#m7 C#m6
De muito usada a faca já não corta
C#m5+ C#m6
Como é difícil, pai, abrir a porta
B7 E
Essa palavra presa na garganta
C#m C#m7+
Esse pileque homérico no mundo
C#m7 C#m6
De que adianta ter boa vontade
C#m5+ C#m6
Mesmo calado o peito, resta a cuca
B7 E
Dos bêbados do centro da cidade
E9 G#
Pai, afasta de mim esse cálice
A
Pai, afasta de mim esse cálice
C B7/13
Pai, afasta de mim esse cálice
B7 E
De vinho tinto de sangue
C#m C#m7+
Talvez o mundo não seja pequeno
C#m7 C#m6
Nem seja a vida um fato consumado
C#m5+ C#m6
Quero inventar o meu próprio pecado
B7 E
Quero morrer do meu próprio veneno
C#m C#m7+
Quero perder de vez tua cabeça
C#m7 C#m6
Minha cabeça perder teu juízo
C#m5+ C#m6
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
B7 C#m
Me embriagar até que alguém me esqueça
Written by Chico Buarque / Gilberto Gil