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E7 A
Vou (dá) uma olhada no tempo pra ver se a chuva amansou
E7 A
Pois anda o meu pensamento no fundo de um corredor
E7 A
Vai se achegando à porteira com ganas que eu bem queria
D E7 A
E as léguas que eu venceria pra rever o meu amor
F#m7 Bm E7 A
Fim de semana com chuva; te juro, ninguém merece
E7 A
Porque a paixão recrudesce e aperta o coração
A7 D
Eu me repreendo, me inquieto e me paro incomodado
A E7 A
Um liberto, enclausurado, prisioneiro no galpão
E7 A
Mirei ao longe o horizonte. Vai demorar a estiada
E7 A
Fez tempo bom até ontem quando a festa foi marcada
E7 A
Pra um campeiro é tradição tiro de laço ou rodeio
D E7 A
E até quem ia a passeio desistiu da empreitada
F#m7 Bm E7 A
Fim de semana com chuva; te juro, ninguém merece
E7 A
Porque o índio não esquece o anseio do coração
A7 D
(Eu me repreendo, me inquieto). Perdi a festa campeira
A E7 A
(Me restou a fumaceira). Prisioneiro no galpão
E7 A
A chuva forte é resmungo. Uníssono estado d´alma
E7 A
Que até pra ir a um surungo há que se pensar com calma
E7 A
A bota, o chapéu encharca e o que o poncho cobria
D E7 A
Tem cheiro da montaria e a cor das rédeas nas palmas
F#m7 Bm E7 A
Fim de semana com chuva; te juro, ninguém merece
E7 A
E o sonho se desvanece, bate triste o coração
A7 D
(Eu me repreendo, me inquieto). Restou a noite em milonga
A E7 A
E a incerteza que assombra um prisioneiro no galpão
E7 A
Até pra passear com a prenda, numa volta pelo povo
E7 A
(Me distanciar) da fazenda e cevar um mate novo
E7 A
A chuva faz atrapalho, melhor é ficar em casa
D E7 A
Só o pensamento tem asas, pois daqui não me removo
F#m7 Bm E7 A
Fim de semana com chuva; te juro, ninguém merece
E7 A
Nem que o taura faça prece pra acalmar o coração
Eu me repreendo, me inquieto. Queria matear na praça
Fiquei como tralhas ou traças, prisioneiro no galpão
Written by Rogério Ramos / Wilson Paim