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Am E7 Am A7 Dm
Tornei-me um ébrio, na bebida busco esquecer/ Aquela ingrata que eu amava, e que me abandonou
Dm6 Am B7 E7
Apedrejado pelas ruas, vivo a sofrer/ Não tenho lar, e nem parentes, tudo terminou
Am A7 Dm
Só nas tabernas é que encontro o meu abrigo/ Cada colega de infortúnio, um grande amigo
Dm6 Am E7 Am E7
Que embora tenham como eu seus sofrimentos/ Me aconselham, e aliviam os meus tormentos
A7 Gb7 Bm E7 A E7
Já fui feliz e recebido com nobreza até/ Nadava em ouro, e tinha alcova de cetim
A Gb7 Bm E7 A
E a cada passo um grande amigo em que depunha fé/ E nos parentes . . . confiava sim . . .
Gb7 Bm D7 Db7
E hoje ao ver-me na miséria, tudo vejo então/ O falso lar que amava, e a chorar deixei
Dm F A Gb7 Bm E7 A Am
Cada parente, cada amigo, um ladrão Me abandonaram, e roubaram o que amei.
E7 Am A7 Dm
Falsos amigos, eu vos peço, imploro a chorar / Quando eu morrer a minha campa nenhuma inscrição
Dm6 Am B7 E7
Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar / Este ébrio triste, e está triste coração
Am A7 Dm
Quero somente na campa em que eu repousar/ Os ébrios loucos como eu venham depositar
Dm6 Am E7 Am
Os seus segredos, ao meu derradeiro abrigo/ E suas lágrimas de dor ao peito amigo
Written by Vicente Celestino