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A E7
Velho carreiro ao parar de carrear, pra sua filha o comando ele entregou
A (E7)
E aqueles bois se acostumaram com a moça, de tal maneira que jamais ele encalhou
A A7 D
Podia estar no lamaçal mais perigoso, bastava ela dar apenas um sinal
E7 A (E7) (D) (A)
Pra se ouvir gemer trotão dentro do barro e os bois tirando o carro do terrivel pantanal
| D E7 A D E7 A
| Somente a moça a boiada obedecia, sem o seu grito o velho carro não saia
| D E7 A D E7 A
| Somente a moça a boiada obedecia, sem o seu grito o velho carro não saia
A E7
Um dia a moça adoeceu e aqueles bois, outro carreiro não queriam respeitar
A (E7)
Era preciso que ela viesse a janela, e desse órdens pra boiada caminhar
A7 D
Até que um dia sem ouvir a voz da moça, puxaram o carro passos lentos pela estrada
A (E7) (D) (A)
Porque levavam o seu corpo no caixão, quão uma flor de estimação pra sua última morada
| D E7 A D E7 A
| Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além tocando os bois
| D E7 A D E7 A
| Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além tocando os bois
A E7
Daquele dia tudo se modificou, tanta tristeza tomou conta do lugar
A (E7)
O velho carro que era dela silenciou, e a boiada nunca mais quis carrear
A7 D
De sentimento por perder a companheira, foram morrendo um a um pelos currais
E7 A (E7) (D) (A)
Quem somos nós pra entender tamanha dor, como cabe tanto amor nos corações dos animais
| D E7 A D E7 A
| Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além tocando os bois
| D E7 A D E7 A
| Esse mistério ninguém sabe se não foi, a voz da moça do além tocando os bois
Written by Carlos Cezar / Creone / Jose Fortuna