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Para não deixar a cifra caótica, simplificarei usando apenas C e G.
Entretanto, perceba que Tom Zé alterna C com C/G e G e G/D.
Introdução:
C (repete)
C
-Por que é que a gente tem que ser
G
marginal ou cidadão?
diga, Zezé.
- É pra ter a ilusão de que pode
C
pode escolher,
viu, Dodó?
- Mas por que é que a gente
tem de viver com esse medo
G
danado de tudo na vida?
diga, Zezé.
- É pra aprender que o medo
C
é o nosso maior conselheiro,
viu, Dodó?
- Sorrisos, creme dental e tudo,
mas por que é
que a felicidade
G
anda me bombardeando?
diga, Zezé.
- Anda o quê, Dodó?
- Anda me bombardeando...
- é pra saber que ninguém mais tem
C
o direito de ser infeliz,
viu, Dodó?
- Mas por que é que um Zé qualquer
de vez em quando tem que dar certos
G
sopapos na mulher?
diga, Zezé.
- É pra no outro dia
de manhã cedinho
C
vender muito jornal,
viu, Dodó?
- Mas por que é, por que é,
G
por que é, e por que é?
diga, Zezé.
- É porque porque, porque
C
purque purque purque purque,
viu, Dodó?
É porque á e porcá
G
É porque é e porqué
É porque i e porquí
C
É porque ó e porcó
Written by Odair Cabeca de Poeta & Capote/Tom Zé