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(Declamando) Vancê talvez não conhece o veneno que as cobras têm, Pois elas quando dá o bote balança o guizo também, A cascavel, traiçoeira quando ela quer se vingar, Balança o guizo contente na hora dela pegar; A urutú é perigosa, de ruim não se manifesta É cobra tão venenosa que traz uma cruz na testa Jaracuçu Deus nos livre quando ele chega a picar Deixa o sinal de seus dentes e a cicatriz no lugar; Mas eu lhe digo a verdade, por cobra eu já fui picado; Por cascavel, caninana e urutú este malvado; De todas já me livrei desse veneno amargura Existe um contra veneno por isso tudo se cura; Mas tem uma cobra do mato cabocla lá do sertão Que traz veneno nos olhos e ataca no coração Dessa uma vez fui picado, um dia só por maldade Que ainda trago o veneno, na cicatriz da saudade B F#7 Já vai fazer quase um ano B Que eu deixei o meu sertão E F#7 Por um veneno dos olhos E B Que atingiu o meu coração E Uma cabocla do mato F#7 Que tanto mal tem me feito B F#7 Uma olhada me deu E F#7 B Foi um veneno perfeito SOLO B F#7 Esta cobra venenosa B Cobra em forma de gente E F#7 Talvez a mais perigosa E B Pode matar de repente E Procurei tantos remédios F#7 Andei por toda cidade B F#7 Mas qual o que não existe E F#7 B Nada que cure a saudade B Agora vou repetir E F#7 A história mais dolorosa B F#7 Essa cabocla do mato E F#7 B É a cobra mais venenosa
Written by João Pacífico/Raul Torres
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