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Intro: ( F C7 F C7 F )
F C7 F C7 F
Das muitas coisas, do meu tempo de criança, guardo vivo na lembrança,
F7 Gm C7 Gm C7 Gm
o aconchego de meu lar, no fim da tarde, quando tudo se aquietava, a
C7 Gm C7 F C7 F
família se ajuntava, lá no alpendre a conversar, meus pais não tinham,
C7 F C7 F F7
nem escola, nem dinheiro, todo o dia, o ano inteiro, trabalhavam sem
Bb Bb Am Dm Gm
parar, faltava tudo, mas a gente nem ligava, o importante não faltava,
C7 F
seu sorriso, e seu olhar
Solo: ( F C7 F C7 F )
F C7 F C7 F
Eu tantas vezes, vi meu pai chegar cansado, mas aquilo era sagrado,
F7 Gm C7 Gm C7 Gm C7
um por um ele afagava, e perguntava, quem fizera estrepolia, e mamãe
Gm C7 F C7 F C7
nos defendia, tudo aos poucos se ajeitava, o sol se punha, a viola alguém
F C7 F F7 Bb Bb
trazia, todo mundo então pedia, pro papai cantar com a gente, desafinado,
Am Dm Gm C7 F
meio rouco e voz cansada, ele cantava mil toadas, seu olhar ao sol poente
Solo: ( F C7 F C7 F )
F C7 F C7 F
Passou o tempo, hoje eu vejo a maravilha, de se ter uma família, quando
F7 Gm C7 Gm C7 Gm C7
tantos não a tem, agora falam, do desquite e do divórcio, o amor virou
Gm C7 F C7 F C7
consórcio, compromisso de ninguém, e há tantos filhos, que bem mais do
F C7 F F7 Bb
que um palácio, gostariam de um abraço, e do carinho entre seus pais, se
Bb Am Dm Gm C7
os pais amassem, o divórcio não viria, chamam a isso de utopia, eu a isso
F
chamo paz
Solo: ( F C7 F C7 F )
Written by Pe. Zezinho