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Intro: Am F C G
Am F C G
A minha TV não se conteve, a atrevida passou atrevida olhando pra mim
Am F C G
assistindo à todos meus segredo, minhas parcerias, dúvidas, medos, minha TV não obedece
F C F G
não quer mais passar novela, sonha um dia em ser janela e não quer mais ficar no ar
F C F G
não quer papo com a antena nem saber se vale a pena ver denovo tudo que já vi, vi.
Am F C G
A minha TV não se esquece nem do preço nem da prece que faço pra mesma funcionar
Am F C G
me disse que se rende à internet, em suma não se submete à nada pra me informar
F C F G
não quer mais saber de festa, não pensou em ser honesta, funcionando quando precisei
F C F G
a notícia que esperava consegui na madrugada num site flickr, blog, fotolog que acessei
(Am F C G) x2
'diz aí Zeca, qual o teu canal?'
Am F C G
A minha TV ta louca, me mandou calar a boca e não tirar a bunda do sofá
Am F C G
mas eu sou facinho de marré de si, se a maré subir eu vou me levantar
F C F G
não quero saber se é cabo ou se minha assinatura vai mudar tudo que aprendi
F C F G
triste o fim do seriado, um bocado magoado sem saber o que será de mim
Am F C
ela não SAP quem eu sou
G
ela não fala a minha língua
(sem violão)
Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?
Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder e o poder é a informação. Qualquer palavra satisfaz.
A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz. O valor é temporário,
o amor imaginario e a festa primeiro de julho.
Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia.
O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia, com a narrativa.
A vida ingrada de quem acha que é noticia, de quem acha que é momento,
na tua tela querem ensinar a fazer comida uma nação que nao tem ovo na panela,
que não tem gesto, quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto.
Falou e disse...
(Am F C G) x2
F G Am
Num passado remoto perdi meu controle
F G Am
Num passado remoto perdi meu controle
F G
Num passado remoto...
(Dedilhado)
F C F G
Era vida em preto e branco quase nunca colorida reprisando coisas que não fiz
F C F G
finalmente se acabando feito longa, feito curta que termina com final feliz
Am F C
ela não SAP quem eu sou
G
ela não fala a minha língua
(x4) (Sabe nada...)
(Am F C G) x2
Am F C G
Eu não sei se pay-per-view ou se quem viu tudo fui eu.
Am (deixa soar a nota)
A minha tv tá louca.
Written by Zeca Baleiro e Fernando Anitelli