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A E7
Vinha o sol de bico aberto no canto de um galo novo
A
E a manhã fazendo pouso lá por detrás do capão
E7
A indiada apertando a cincha, num bate-bate de argolas
A
E um choro fino de esporas, como clarim do galpão.
E7
Eguada de cria ao pé, com sereno no topete
A
Que clareou costeando o brete, talvez pressentindo o chão
E7
Cada tordilha mais linda, umas chucras, outras mansas
Bm E7
E um cusco que é das confianças pra lidar com a criação
A
E um cusco que é das confianças pra lidar com a criação.
Refrão:
A
?Num grito de abre a porteira tropilha se esparramando
E7
A potrada se trompando contra as éguas na saída
Bm E7
Mais lembrava um olho d`agua , que da terra ia surgindo
A
E serpenteava sumindo, por entre a várzea comprida.?
A E7
No lombo de um zaíno louco, sestroso e passarinheiro
A
Um campeiro abria o peito, entre a poeira e o tropel
E7
Até previa o momento que o maula fosse sentando
A
Renegando de um zurrilho, que a dias se foi pro céu.
E7
Um cincerro no pescoço, num costado musical
A
De uma gateada cardal, madrinha por experiência.
E7
O capataz bem de longe, num bico branco calçado
Bm E7
Parecia um delegado, nos setembros da querência
A
Parecia um delegado, nos setembros da querência.
A
Talvez tivesse na idéia, mirando campo e estrada
E7
De soltar essa gateada na frente de uma tropilha
Bm E7
Pra invernar n`algum rincão, os tubunas do poder
A
Que fazem o povo sofrer, taperando estas coxilhas.
Written by Márcio Nunes