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Bm Em F#7 Bm
'Ficou uma cruz cravada e um silêncio de arreio
Nem rangido, nem um coscorro da mordedura do freio
Ficaram estrivos juntos, xergão de carda, suado
E uma silhueta estendida, da dimensão do gateado'
Bm F#7
Quem foi potro em primaveras, madrugando minhas encilhas
Em F#7 Bm
Já foi barco de alma leve, navegando essas coxilhas
F#7
Cascos de lua crescente, pra o céu grande das flexilhas
Em F#7
Há de encontrar invernada, rincão, querência ou potreiro
Em D F#7 Bm
Lugar que o deus dessa pampa, reserva pra os seus campeiros
Em
Quem sabe o céu te espere, com garras de corvos negros
G Bm
Ou intempéries de chuvas, trocando a dor por sossegos
A7 D
Lavando um lombo sem viço, sem forquilha nem pelego
G G#° F#7
Quem já foi flor nos setembros, sendo rio grande na praça
Em D F#7 Bm
Vai matar campo e flexilha, pra consumir sua carcaça
Int.
Bm F#7
Quem soube morrer de velho, destino bom de cavalo
Em F#7 Bm
Numa várzea de sol posto, entrega-se qual regalo
F#7
Pras mãos certeiras do tempo, que nunca erra o pealo
Em F#7
Pois só quem teve um gateado, conhece as coisas que digo
Em D F#7 Bm
Não mate ou venda um cavalo, que estás traindo um amigo
Em
Quem foi terra sem cobrá-la, retorna agora pra ela
G Bm
Querência da minha encilha, fechou pra sempre a cancela
A7 D
Entregando os olhos pampas, pra uma estrela sentinela
G G#° F#7
Rogando a sombra da cruz, boto no peito o chapéu
Em D F#7 Bm
Reverencio pra terra cavalo bom vai pro céu
Int.
Written by Luis Rogerio Marenco Ferran/Paulo Henrique Teixeira de Souza