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Am E7
Nos rincões da minha querência, arrabaleira conforme a vontade
Am
Me serve um mate, pampa minha, nesta vidinha que me destes
E7
Antes que embeste a novilhada, prá o mundo alheio das porteiras
Am A7
Saúdo a poeira destas crinas, que me arrocinam sujeitando
Dm G C Am
E da garupa do cavalo, faço um regalo a ventania
E7 Am A7
Que na poesia destas léguas, tomo por rédeas e conselhos
Dm G C Am
Chamo no freio a coisa braba, o tempo é feio, mas que importa
E7 Am Dm
Quando se engorda na invernada, não falta nada prá quem baba
E7 Am
De focinho levantado e mais curioso
Dm G C Am
A fim de ir, a estância do passo, na direção de casa, costeando o arvoredo
E7 Am A7
O meu desespero porfia co'a tropa fazendo o que gosta, ao sul de mim mesmo
Dm G C Am
E todo o bem que havia, maneado ao destino divide caminho com a rês que amadrinha
E7 Am
O rio que eu não via, mimando de sede, a minha saudade
Am E7
Na função dos meus afazeres, rememorados conforme a manada
Am
Vou ressabiando afeito a fadiga, nas horas mingas de sossego
E7
Talvez melhore durante a sesteada, sou por demais igual a campanha
Am A7
Tamanha a alma de horizontes, ali defronte os cinamomos
Dm G C Am
Já não habita a teimosia, atropelando o meu rodeio
E7 Am A7
Quando me agüento no forcejo, pra erguer no laço os caídos
Dm G C Am
Não me lastimo, nem receio, vou pelo meio do sinuelo
E7 Am Dm
Tocando manso os mais ariscos, só pelo vício de por quartos
E7 Am
Cuidar do gado, rondando o baio, que amanunceio
Dm G C Am
A fim de ir, a estância do passo, na direção de casa, costeando o arvoredo
E7 Am A7
O meu desespero porfia co'a tropa fazendo o que gosta, ao sul de mim mesmo
Dm G C Am
E todo o bem que havia, maneado ao destino divide caminho com a rês que amadrinha
E7 Am Dm E7
O rio que eu não via, mimando de sede, a minha saudade
Am Dm E7 Am
A nossa saudade..... a nossa saudade
Written by MAURO MORAES