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A E A Numa tarde de agosto de fumaça e céu nublado E A Foi na soleira do rancho que me vi ali sentado A A A D Fumando o meu cigarro assim tão despreocupado E A Senti a brisa carinhosa no rosto fazendo agrado A E A E A Vi distante a minha infância conversei com meu passado A E A Meu velho ipê florido com as flores perfumadas E A E as palmeiras imponentes que por mim foram plantadas A D A D É o adorno que enfeitava a curva daquela estrada E A Suas folhas balançando como bandeira asteada E A E A Belo marco e batente da minha velha morada A E A Meu velho carro de boi com seus cocões que rangia A E A E os gritos do velho pai ec no grotão fazia A D A D A Quando o carro carregado aquela serra descia E A Era o transporte da época por aquela cercania E A E A E o carreiro não cansava da luta do dia a dia A E A Papai hoje está velhinho não tem mais agilidade E A Com as pernas enfraquecidas distante da mocidade D D A D O sol da sua existência tá se perdendo na tarde E A Igual ele estou sentindo o grande peso da idade E A E A Somos dois carros encalhados no areião da saudade
Written by Valdemar Reis / Eli Silva
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