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Introdução: E B7 E B7 A B7 Do que o boiadeiro gosta em sua longa jornada A E B7 E É sentir poeira no rosto - o pó-de-arroz da estrada B7 A E Sentir cheiro de gado, que traz o vento da tarde A B7 E Qual o perfume mais caro, dos ricaços da cidade. E B7 A B7 Do que o boiadeiro gosta é um som sentimental A E B7 E Do berrante que virou instrumento musical E B7 A B7 Em muitos discos que ouve no final de uma canção A B7 E O berrante repicando como um grito no sertão. E B7 A B7 Do que o boiadeiro gosta é dormir sobre o baixeiro A E B7 E Tendo o céu por cobertor e o capim por travesseiro E B7 A B7 No grande quarto da noite, a grama verde é colchão A B7 E No telhado do infinito o luar é seu lampião. E B7 A B7 Do que o boiadeiro gosta é nas tardes de mormaço A E B7 E Fazer um boi pantaneiro rolar na ponta do laço E B7 A B7 Do que o boiadeiro gosta é ouvir pelas pousadas A B7 E Os peões contando casos de estouros de boiadas. E B7 A B7 Do que o boiadeiro gosta é ver a branca neblina A E B7 E Que se forma nas baixadas e sobe pelas colinas E B7 A B7 A onde a boiada dorme dos espigões às encostas A B7 E Gostoso é também gostar do que o boiadeiro gosta.
Written by José Fortuna e J. dos Santos
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