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Senhores, não leve a mal Os versos que eu canto agora Quem já conhece o ditado Eu sei que não ignora E pra aqueles que não conhecem Eu explico sem demora É quem um gaúcho pilchado O povo está acostumado Chamar de guasca de fora ( G C D G ) G D Com o meu lenço no pescoço G Bombacha, bota e espora D Fui num baile de magrinho G Num salão, em Santa Flora D Quando eu cheguei o porteiro disse G Pode ir embora! C Volta no mesmo caminho D Porque, em baile de magrinho G Não entra guasca de fora C Já foi aquele entrevero G No salão, em Santa Flora D O guasca entrava pra dentro G E tirava o guasca pra fora D A turma já perguntaram G Da onde é este caipora D Dei um tapa no porteiro G E disse: eu entro, e agora! D Fiquei parado num canto G Mais ou menos, meia hora C As moças todas me olhavam D De vez em quando, gritavam G Que baita guasca de fora! C O guasca entrava pra dentro G Tiravam o guasca pra fora D E o povo todo gritavam G Olha lá, um guasca de fora! D As moças gostam de fato G É de guasca que namora D Fui dançar com uma magrinha G Mas a mãe dela se estoura D Tremeu-lhe um grito bem alto G Minha filha, vamos simbora! C O povo está reparando D Porque você está dançando G Com este guasca de fora C O guasca entrava pra dentro G Tiravam o guasca pra fora D E o povo todo gritavam G Olha lá, um guasca de fora! D Quem não gostou dos meus versos G Não ri, não fale, não chora D Porque o assunto de guasca G Ficou declarado agora D Não precisam embravecerem G Já estou me arrancando embora C Deixo um abraço pra o povo D Que um dia eu volto de novo G Cantando o guasca de fora
Written by Celmar Gomes de Moraes
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